CBM - CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE MÚSICA

Na trajetória dos 80 anos de existência do Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário Brasileiro de Educação, dois princípios sempre foram a marca da Instituição: a Renovação e a Tradição.

Durante oito décadas a tradição se mantém na formação dos músicos em áreas performáticas, instrumentos e canto, na composição, regência, licenciatura, musicoterapia e música e tecnologia. Dando continuidade ao espírito criativo e inovador dos seis músicos fundadores desta instituição sob a direção do maestro Oscar Lorenzo Fernandez, a renovação se dá sempre na criação de novos cursos.

Na década de 30, surge o 1º Curso de Iniciação Musical, à luz dos novos pensamentos na Educação, demonstrando a preocupação em propiciar à infância o fazer musical. Na década de 40, além de criar o curso de Música Nova com o compositor Koellreutter, sentiu-se a necessidade de levar a música à outras escolas do interior do país e do estado do Rio, permitindo uma formação musical em níveis fundamental e técnico, antecipando o futuro da tecnologia que levaria o ensino à distância.

Em todas as décadas foram propostas pelo CBM-UniCBE a criação de diversas terminalidades que atendessem às necessidades no processo do desenvolvimento musical assegurando, aos estudantes de música, sólida formação acadêmica e dando a possibilidade de reconhecimento dos seus cursos pelo MEC desde 1944. Surgem então novas graduações: Musicoterapia (1ª. no Brasil, em 1972), Licenciatura em Música, Mestrado em Musicologia, Etnomusicologia e Educação Musical (1983).

A partir do funcionamento do curso de Mestrado, a pesquisa tornou-se uma prática significativa e o CBM-UniCBE criou o Núcleo de Pesquisa José Maria Neves, a edição da revista Pesquisa & Música e a criação da Editora CBM. A partir de 2000, o CBM-UniCBE elaborou o projeto para tornar-se Centro Universitário, o que foi aprovado em 2002.

Com a chegada da tecnologia na década de 90, surge a necessidade de ampliar as terminalidades dos cursos. A partir de 2002, monta-se um estúdio de gravação para atender a premência de guardar a memória sonora, histórica e musical do CBM-UniCBE além de propiciar um laboratório para alunos e professores.

Nesta década, o movimento de jovens que tocavam instrumentos elétricos como guitarra e contrabaixo, necessitavam de um estudo mais voltado para as habilidades específicas de música (leitura de partituras, conhecimentos de harmonia e arranjos). Isto propiciou à criação do núcleo de Música Popular Brasileira com os cursos de bacharelado (três anos) em Música e Tecnologia, Guitarra, Contrabaixo Elétrico, Cordas Dedilhadas e mais recentemente, o curso Superior Tecnológico em Produção Cultural.

Além disto, o CBM-UniCBE mantém desde 1973 uma Escola de Aplicação no bairro Tijuca onde a ênfase é a educação fundamental e técnica que tem demonstrado a excelência de trabalho na formação de grupos instrumentais com crianças e jovens.

Esta Escola realiza desde 1995, o curso Fundamental de Música, que serve também de estágio de observação para os alunos do curso de Licenciatura em Música. A Direção e a equipe artístico pedagógica do CBM-UniCBE sempre entenderam a importância de ter seus alunos inseridos numa prática musical que oferecesse subsídios para posterior atuação profissional, em consonância com a sociedade contemporânea. Para que isso aconteça, promove Concursos de Instrumentos, Canto, Composição, estágios, concertos semanais em seu Teatro Lorenzo Fernandez, abertos a comunidade do seu entorno. Outros espaços, quando livres, são cedidos para ensaios, práticas artísticas e socioeducativas de outras instituições de educação, cumprindo assim o seu importante papel social na sociedade carioca. Sabendo das dificuldades econômicas do estudante de música e da população jovem, a instituição vem desenvolvendo projetos em parceria com Estado, Município, União e empresas privadas, onde seus corpos docente e discente, possam se apresentar tocando, ministrando palestras e cursos de extensão.

Oferece também a Clínica Social de Musicoterapia Ronaldo Milleco, atendendo gratuitamente pessoas da comunidade. Orienta seus estagiários na promoção e na prevenção da saúde atendendo a população de baixa renda com problemas e distúrbios como: síndrome de Down, Alzheimer e Transtorno Invasivo de Desenvolvimento, entre outros. Nas últimas décadas, a Direção e o corpo docente do CBM-UniCBE tem realizado vários projetos nas áreas sociais com atividades musicais de grupos e atendimentos musicoterápicos, preocupados com o futuro das crianças e dos jovens de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social. O CBM-UniCBE pode ser considerado um patrimônio cultural deste país pela sua permanência nestes 82 anos oferecendo novos rumos para a formação musical do ser humano em todas as suas fases, infância, juventude e idosos, além de abrir seus equipamentos artístico-culturais à comunidade musical da Cidade do Rio de Janeiro.